Das Obras de Swedenborg

 

Terras no Universo # 1

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1. I. Terras no Universo.

Pela Divina Misericórdia do Senhor, os interiores que pertencem ao meu espírito me foram abertos; e por esse meio foi-me possível falar não somente com os espíritos e os anjos que estão próximo de nossa Terra, mas também com os que estão próximo de outras terras. Tendo tido, por consequência, desejo de saber se existiam outras terras, quais seriam tais terras e quais os seus habitantes, foi-me possibilitado falar e conversar com os espíritos e anjos que provêm de outras terras, com uns por um dia, com outros por uma semana e com outros por meses, e ser instruído por seu intermédio sobre as terras das quais provinham e perto das quais estavam, e a respeito da vida, dos costumes, e do culto dos habitantes, e das diversas coisas dignas de serem relatadas. E, visto que foi possível saber essas coisas dessa maneira, é permitido descrevê-las, de acordo com o que foi ouvido e visto. É preciso que se saiba que todos os espíritos e todos os anjos provêm do gênero humano? 1 ; que eles estão próximos de sua terra 2 ; e sabem o que há lá; e que o homem cujos interiores foram abertos de tal modo que possa falar e conversar com eles, pode ser instruído por seu intermédio; pois o homem em sua essência é um espírito 3 ; e está junto a espíritos quanto a seus interiores 4 ; aquele, pois, em quem os interiores são abertos pelo Senhor, pode falar com eles, como uma pessoa com outra 5 . Isso me foi concedido a cada dia, agora por doze anos.

Notas de rodapé:

1. Não existem espíritos nem anjos que não provenham do gênero humano Arcanos Celestes 1880.

2. Os espíritos de cada terra estão próximos de sua terra, e isso porque provêm dos habitantes e são semelhantes a eles em índole; e que devem ser-lhes úteis Arcanos Celestes 9968.

3. A alma, que vive após a morte, é o espírito do homem, o que é, no homem, o próprio homem, e aparece também na outra vida em perfeita forma humana Arcanos Celestes 322, 1880, 1881, 3633, 4622, 4735, 6054, 6605, 6626, 7021, 10594.

4. O homem, também quando está no mundo, quanto a seus interiores, assim, quanto ao espírito ou a alma, está no meio de espíritos e anjos que são tais como ele mesmo é Arcanos Celestes 2379, 3645, 4067, 4073, 4077.

5. O homem pode falar com os espíritos e os anjos, e os antigos na nossa Terra frequentemente falavam com eles. Arcanos Celestes 67-69, 784, 1634, 1636, 7802. Mas atualmente é perigoso falar com eles, a menos que o homem esteja na fé verdadeira e seja guiado pelo Senhor Arcanos Celestes 784, 9438, 10751.

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Arcanos Celestes # 322

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322. Deve-se acautelar contra a opinião falsa de que os espíritos não têm um sensitivo muito mais apurado do que na vida do corpo. Sei que é contrário por milhares de experiências, e, se não quiserem crê-lo, por causa de suas suposições a respeito do espírito, julguem por si mesmos quando chegarem à outra vida, onde a experiência mesma os fará crer. Os espíritos não somente têm visão, porque vivem na luz, e os bons espíritos, os espíritos angélicos e os anjos vivem em tanta luz que a luz do meio-dia no mundo mal pode lhe ser comparada; na seqüência se falará, pela Divina misericórdia do Senhor, a respeito da luz em que vivem e vêem. Têm audição tão apurada que a audição dos que estão no corpo não pode ser equiparada. Eles têm falado comigo, já por alguns anos, quase continuamente; mas de sua linguagem se tratará também na seqüência, pela Divina misericórdia do Senhor. Têm olfato, de que, também, pela Divina misericórdia do Senhor, se tratará na seqüência. Têm um tato apuradíssimo, donde vêm as dores e sofrimentos no inferno, pois todas as sensações se referem ao tato, que são apenas diversidades e variedades do tato. Têm desejos e afeições aos quais não podem ser comparados os que tiveram na vida do corpo, sobre as quais se dirão muitas coisas na seqüência, pela Divina misericórdia do Senhor. Pensam com muito mais clareza e distinção do que pensaram na vida do corpo; em uma idéia do pensamento encerram mais coisas do que em mil, quando pensavam na vida do corpo; falam entre si de modo tão penetrante, sutil, sagaz e claro que se o homem percebesse alguma coisa disso, ficaria espantado.

Em suma, não perderam absolutamente nada que os impeça de serem como homens, porém com mais perfeição, a não ser ossos e carne e as imperfeições daí derivadas. Reconhecem e percebem que, quando viveram no corpo, era o espírito que tinha sentido, e, embora isso parecesse estar no corpo, não era, contudo, do corpo. Por isso, quando o corpo é rejeitado, experimentam sensações muito mais apuradas e perfeitas. A vida consiste no sentido, porque sem o sentido a vida é nula, e tal é o sentido tal é a vida, o que pode ser conhecido por qualquer um.

  
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Sociedade Religiosa "A Nova Jerusalém